segunda-feira, 5 de julho de 2010

Harmonia em Bloco!!!!




Basicamente os caminhos da harmonia, escalas e tensões já trás complicações por “natureza” do assunto. Talvez por tantas vezes a harmonia seja associada apenas à questão teórica o assunto sempre gera “terror” por aqueles que começam seu estudo.

É comum também o estudo de escalas como apenas “técnica”, ou seja, músicos conhecem todas as escalas, e a fazem à 200bpm, porem não existe o conhecimento capaz de aplica - lá em cadências mais complexas.

Durante meu tempo no conservatório fui iniciado a uma das técnicas usadas na Berkeley, para maior “fusão” entre acordes e escalas. Essa técnica é chamada de “harmonia em bloco” e funciona da seguinte maneira:


  • Todo acorde do campo harmônico deve ser executado no instrumento em todas as suas inversões.
  • Todo acorde do campo harmônico deve ser executado no instrumento com todas as notas diatônicas nas “ponteiras”, ou seja, as notas mais agudas.
  • Todo acorde do campo harmônico deve ser executado no instrumento com todas as notas “adicionadas” nas “ponteiras”, ou seja, as notas mais agudas.
Desta maneira os acordes mesmo com tensões “complexas” tornam-se apenas “acordes acompanhando a melodia”, esta associação serve também para as relações que acontecem entre os acordes, facilitando a visualização do movimento das vozes.


No começo o estudo torna-se um tanto monótono porem com a prática pode se gerar possibilidades harmônico-melódicas e servirá de maior entendimento de acordes complexos, e resoluções.

e_T+

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Criatividade Criando_Indentidade



"Criatividade consiste no total rearranjo do que sabemos com o objetivo de descobrir o que não sabemos." (George Kneller)

A frase citada pelo Filosofo americano expressa de forma clara o ponto fundamental da “criatividade”.
Concebe-se que ao determinar algo como criativo, determinado ato, especifica novos níveis de relação ao objeto. A criatividade “existe” ao entender o estado “natural” de modo “anatural”, ou seja, através da compreensão única do individuo criativo.
É denotado fato, que o ato criativo relaciona-se diretamente a relação social do tempo-espaço, ou seja, muitas vezes é comum o ato criativo ser “tão” criativo que a sociedade ainda não a concebe, sendo assim a criatividade está relacionada também ao padrão usual da mesma.
Desta maneira o ato de criar, é determinado pelo tempo-espaço, utilidade da mesma, e sua relação de originalidade.

Porem nem sempre algo que é criativo é original, pois ao conceber a criatividade como a “visão singular” do mesmo, pode-se interpretar a criatividade como uma “variação” integral ou semi-integral da realidade.

No campo das artes a criatividade não é vista com foco primordial na originalidade, muitas vezes o “ato criativo” é visível em variação do sistema básico. Exemplo possível seria o da famosa Sinfonia nº5 de Beethoven, apesar de seus “avanços originais” tanto na questão da forma musical, quanto nas progressões harmônicas, a grande “eureka” do compositor foi sua vasta variação que conseguiu ao “desenvolver” o conhecidíssimo “motivo de destino” da sinfonia citada. Com um motivo musical de quatro notas, Beethoven desmembra um movimento inteiro de uma sinfonia.

Esta capacidade “variacional” do compositor demonstra sua capacidade de criar novos caminhos para uma visão inicial.

Assim sendo o individuo criativo é aquele que vê (percebe) ou sente (compreende) algo que ainda não foi concebido pelos demais, sendo esta capacidade atemporal e “anatural” em relação ao comum, tornando a visão do criativo única e singular.

Desta maneira pode-se citar Fernando Pessoa:

"Viver não é necessário. Necessário é criar."

A questão criatividade está diretamente ligada à relação de perceber e compreender o mundo natural de forma singular. Assim sendo o ato criativo apesar de atrelado a originalidade não significa igualdade, pois a capacidade criativa está relaciona com a “modificação” de algo determinado e/ou pré-determinado. Desta maneira, a criatividade é voltada a todas as áreas de atuação, mais é “privilegiada” nas artes e na ciência. Afinal tanto uma área quanto a outra tenta “visualizar” a realidade por outra ótica.
Nas artes a estética mostra-se valorosa, pois é através dela no espaço-tempo social, o artista “enxerga” seu mundo, seja ele abstrato, surrealista ou barroco, as “filosofias criativas” mudam com o tempo, porém a capacidade criativa não! A criatividade é atemporal, sendo ele útil ou não.

Nas ciências, a criatividade é bem vista como nas artes, pois os “artistas científicos” buscam resoluções de problemas de forma singular, de forma útil em todas as situações, pois a ciência procura respostas “criativas” para problemas reais, enquanto a arte pode ou não se preocupar com os problemas reais. Como se refere Eleanor Roosevelt:

"Criatividade sempre significa fazer o não-familiar."

Assim sendo a individuo criativo não é aquele busca unicamente a originalidade e sim aquele que busca resolução de problemas reais ou não, utilizando um foco único que vai além do pré-estabelecido anteriormente, sem esquecer do que foi pré-estabelecido para alcançar suas metas. E neste caso podemos citar Albert Einstein:

“O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes”.

Que apesar de cruel não deixa de ser verdadeiro e “criativo”!!!!

e-T+

See u around!!