quarta-feira, 19 de maio de 2010

O papel da inclusão digital no processo educativo


É fato que a tecnologia da informação tem se mostrado cada vez mais o guia da sociedade contemporânea, mesmo em situações onde o individuo acredita que não tem contato com a mesma ele a faz inconscientemente, como em caixas eletrônicos, cartões de crédito, celulares e etc. Neste ponto percebe-se um fator único à informática, que é a ação “auto-educativa”, ou seja, ela tem a capacidade de ser aprendida naturalmente sem a necessidade de fatores externos. Este fato se se refere ao ponto que o individuo “treina” no equipamento, ou mesmo busca ajuda, mais o ato de tentar ou ser “autodidata” influencia diretamente no aprendizado dele.
Desta maneira concebe-se para uma real inclusão digital a liberdade de experimentação do individuo aos computadores. Neste ponto é importante citar Jean Piaget:

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."

A base da teoria do construtivismo seria a experimentação da criança em relação ao meio e problemas gerados pelo professor. Assim sendo co-relacionando a relação entre meios tecnológicos comum a todos e uma das mais aceitas teorias da educação percebe-se um ligação real sobre o “fazer” da inclusão digital.

A inclusão digital nada mais é do que trazer indivíduos não relacionados às novas mídias a elas, mais o tratamento pelo qual isto é feito é que gera o problema. Ainda se debate sobre a inclusão digital como uma se ela fosse algo obrigado ao individuo, ou seja, que ele tenha que fazer ou ter para não ficar desatualizado ou “além” do mundo social. Na verdade este é o erro fundamental de estratégia para uma verdadeira inclusão digital, é necessário que o indivíduo tenha “necessidade” do uso da tecnologia, como no exemplo do caixa eletrônico, ou o cartão de débito. É comum hoje diversas pessoas utilizarem tais tecnologia e nunca terem ligado um computador na vida. Isto não é inclusão digital?
Ao procurar definir inclusão digital encontramos o texto de Oliveira & Montanaro:

“Inclusão Digital é o ato de dar acesso à tecnologias de informação e comunicação a toda a população, oferecendo também todas as condições necessárias para que elas utilizem computadores e todo e qualquer dispositivo digital afim de buscar melhorias em suas condições de vida e de toda a sua comunidade.”

Assim sendo nota-se que é necessário também para uma real inclusão digital que o individuo tenha acesso aos processos tecnológicos, transformando tais equipamentos em rotineiros em sua vida, para uma maior desmistificação do “monstro” chamado computador.
Ainda considerando que a educação digital está totalmente relacionada ao “fazer”, hoje este próprio ato de procurar informação para resolver problemas é à base da internet, fóruns, tutoriais, vídeos tutoriais, manuais entre outros estão acessíveis a todos com uma ligeira facilidade na internet, desta maneira esta educação digital mostra-se evolutiva e dinâmica, pois ao aprender utilizar um “buscador” na internet novos parâmetros se abrem.
Com esta consciência educacional em mente mais a experimentação dos meios tecnológicos pelo individuo chegamos ao caminho da inclusão do mesmo ao mundo digital e assim um novo meio educacional também se abre.
Este meio educacional está diretamente ligado ao criar ou fazer colaborativamente indiretamente, ou seja, várias pessoas geram um conhecimento de vários pontos diferentes do globo. Este fator é único e novo, pois agora a educação é formada em tempo real ou não, sendo que diversas mentes pode tratar do mesmo assunto junto sem nunca se conhecerem. Esta educação já é mais acessível aos mais novos que tratam os computadores como algo “normal” em suas vida, por isso parecem dominar melhor tais instrumentos. São comuns crianças que possuem paginas de relacionamento, participam de chats ou ate mesmo fazem trabalhos em grupo via internet. É vital tentar incluir o mundo digital primeiramente aos mais jovens, pois estes já visualizam a “necessidade” do mesmo.
Enfim, a inclusão digital deve ser levada à população de modo natural e não transformando a situação em um “problema” social. Nestes tempos modernos de informação é indispensável a necessidade da população utilizar as ferramentas de mídia moderna, porem é importante salientar que qualquer “popularização” diminui a qualidade pois é necessários que os indivíduos esteja “prontos” para desbravar as fronteiras do mundo cibernético.

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