quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Relatividade da Música

Basicamente quase todas as descobertas do homem trazem revoluções em outras áreas, porem nenhuma foi tão forte quanto a Teoria da Relatividade de Einstein, ela modificou tanto a visão “física” do universo quando filosófica, adicionou um novo conceito de consciência, já que a dualidade moral e estética não mais possuía valor. Ou seja, tudo é relativo no sentido único, cada qual pode entender determinado processo com sua “visão”, e todos podem estar “certos”.

Tal teoria gerou inúmeros desdobramentos, inclusive a relação “música/espaço”.

Simples, se o tempo é agora relativo, baseado no ponto de observação espacial, o tempo musical também o é, assim toda “coerência” de organização espacial/temporal clássica se torna nula a vontade da “fonte” ou “receptor” musical.

A música não pode mais seguir os padrões “uniformes” de métrica, forma entre outras variantes já comuns na estrutura clássica. A questão é que a música torna-se “viva”, aformica e atemporal, ou uma “Entidade Sonora” citando Stockhausen.

A própria queda do sistema tonal demonstra essa dissolução total do sentido dualístico (Tônica - dominante), tornando não linear (dodecafônismo, serialismo, aleatoriedade e etc).

A música concreta também foi uma das mais influenciada pela tal teoria já que quase todos os equipamentos utilizados usam chips que só existiram com eficiência depois da compreensão da “descoberta” de Einstein.

Indiretamente acredito que toda música eletro fora sim uma afronta ao sistema musical mais não no sentido de dualismo, de “bom ou mau”, “bonito; feio”, e sim no processo de mudar completamente a visão de como era feito música e como agora se pode. Possibilidades beirando o infinito, onde não mais se cria o instrumento e sim o som!

E como diria Cage:

“É tudo isso ou não!”

e_T+



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